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APC Microbiome Institute abraça Native Scientists para promover a diversidade em STEM



Embora a imigração seja relativamente recente na Irlanda, 10% dos alunos nas escolas primárias irlandesas são imigrantes. Gerir turmas culturalmente diversas é, portanto, um novo desafio para as escolas irlandesas e, para evitar a exclusão social e o baixo desempenho, é necessário apoio a diferentes níveis: no desenvolvimento da proficiência na língua da escola; na aceitação pelos alunos da sua natureza bicultural; e na promoção do potencial bilíngue dos estudantes.


No sábado, dia 7 de outubro, um grupo de 4 investigadores expatriados de Portugal e do Brasil, a trabalhar no APC Microbiome Institute, University College Cork, tirou as suas batas de laboratório para inspirar alunos lusófonos a fazer ciência e celebrar a sua natureza bilíngue.


Durante esta oficina da Native Scientists, que teve lugar na St. Peter’s Cork e foi organizado pela Dra. Ana Almeida em colaboração com a equipa de Educação e Envolvimento Público do APC Microbiome Institute, as pessoas cientistas falaram sobre o sistema imunitário, a microbiota intestinal e o eixo intestino-cérebro.

Ana, a coordenadora deste projeto, diz: “A oficina superou todas as nossas expectativas. As crianças estavam muito entusiasmadas e completamente envolvidas nas atividades.” Além disso, Eimear Ferguson, que coordena as atividades de Educação e Envolvimento Público do APC, acrescentou: “Os alunos foram convidados a abraçar as suas habilidades em falar português num novo ambiente. Muitas vezes, a sua língua materna é usada apenas em casa com a família. Esta foi a oportunidade de perceberem os seus talentos raros no multilinguismo num cenário completamente novo, enquanto aprendiam e se inspiravam nos investigadores que serviram como modelos.”


Esta foi a primeira vez que a Native Scientists organizou uma oficina na Irlanda. Em média, quase 50% dos alunos sentem-se inspirados a tornar-se cientistas após uma oficina e 70% sentem-se mais orgulhosos de falar mais de uma língua. A Native Scientists é uma organização sem fins lucrativos que cria pontes entre alunos migrantes e cientistas para combater a desigualdade educacional e promover a literacia científica e linguística. Desde a sua fundação em 2013, mais de 100 oficinas foram organizadas, alcançando mais de 2000 estudantes.

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