Primeira oficina do programa da Mesma Comunidade Migrante em Romeno
- Native Scientists
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Atualizado: há 19 horas
Através de oficinas de ciência numa língua de herança partilhada, a Native Scientists cria ligações entre crianças e cientistas da mesma comunidade migrante, numa tentativa de alargar os seus horizontes e promover o desenvolvimento linguístico.

No dia 16 de março, a Native Scientists realizou a primeira oficina em romeno, dando mais um passo rumo a um mundo com equidade e inclusão na educação de qualidade. A oficina foi realizada no âmbito do programa Mesma Comunidade Migrante, que junta crianças e pessoas cientistas que partilham a mesma língua de herança para uma oficina de ciência. Ao fazê-lo, pretende quebrar a barreira social entre a ciência e as crianças de contextos menos privilegiados.
A oficina, que teve lugar no Tandem Art Space, em Heidelberg, Alemanha, reuniu 25 crianças entre os 5 e os 14 anos para um dia de exploração científica prática. Mergulharam no maravilhoso mundo da ciência: aprendendo sobre computadores e a emergente inteligência artificial; interagindo com várias representações do ADN, desde a sua estrutura molecular complexa até a uma versão comestível e divertida; e observando diferentes amostras biológicas ao microscópio. Apesar de complexos, os temas foram adaptados a cada faixa etária, tornando a ciência acessível a todas as crianças.
As oficinas despertaram perguntas curiosas que as próprias pessoas cientistas ainda não tinham considerado, como por exemplo: por que razão as plantas parecem tão peculiares ao microscópio ou se os neurónios podem ter olhos. Todas as crianças afirmaram ter gostado de conhecer as pessoas cientistas e de aprender coisas novas, tendo 77% das crianças conhecido uma pessoa cientista pela primeira vez na sua vida.
O evento também envolveu pais e mães entusiasmados, que dedicaram a sua tarde de domingo para se juntarem à diversão. O seu envolvimento realça o espírito de comunidade que contribuiu para que esta oficina se tornasse uma experiência memorável.
Foi um momento histórico, fruto do trabalho árduo da coordenadora Flavia-Bianca Cristian e da gestora do programa Arushi Gupta que, num esforço conjunto, organizaram um evento marcante. Uma menção honrosa é dedicada às pessoas cientistas pelo seu investimento na nossa missão ao orientarem as atividades da oficina. Como disse Flavia-Bianca, “Um sincero agradecimento às duas outras cientistas que se atreveram a enfrentar este desafio comigo, à Dr.ª Vivien Ionasz pela sua coragem e compromisso com a língua romena, e à Dr.ª Letitia Parcalabescu por confiar em mim e encontrar tempo para nós numa agenda tão preenchida!”.
São histórias de sucesso como esta que nos motivam a continuar a caminhar rumo a um mundo onde a ciência não é limitada por estatuto ou origem, mas livre para preencher as mentes de quem tem vontade de perguntar “De ce?” (“Porquê?”).
Sobre a Native Scientists
Fundada em 2013, a Native Scientists é uma organização sem fins lucrativos pan-europeia que cria pontes entre crianças desservidas e cientistas. A sua missão é ampliar os horizontes das crianças, promovendo a literacia científica e reduzindo as desigualdades através de programas educativos de divulgação científica. Através de oficinas inovadoras, inspira a próxima geração ao mesmo tempo que celebra a riqueza da diversidade linguística e cultural.